Ilustrações de temas diversos em parábolas,lendas, histórias fictícias,reais e algumas citações bíblicas.

quarta-feira, 18 de março de 2015

O que responder ao aflito em seus momentos de aflições

O que responder ao aflito em seus momentos de aflições? E o que dizer a ele quando não temos nada a ver com os seus problemas? A bíblia é muito clara ao dizer que o justo terá muitas aflições e que o Senhor Deus o livrará de todas. Mas se nunca temos nada a ver com o problema dos outros eis aí a questão:

Baseados em nossa experiência de vida e comunhão com Cristo, sempre vamos apontar para o aflito a direção de Deus, porém nunca perguntamos a ele se tem forças para se aproximar de quem pode lhe trazer alivio e solução para a sua dor.

A ideia de que palavras tem alma é sempre correta e pode ser aplicada quando precisamos responder ao aflito em seus momentos de aflições. Palavras e gestos sempre serão necessárias para aliviar a dor de alguém e são as boas palavras e os gestos sublimes que farão o fraco um pouco mais forte para caminhar em direção aquele que tem vida para lhe dar.



Deus, eu e a vida dos outros

O que mata a alma é o próprio egoísmo, pois nunca imaginamos o tamanho e a intensidade da dor do nosso próximo. Muitas das vezes nos garantimos por conta da aparência, classe social e o dinheiro que temos e achamos que isso e outras tantas coisas são o bastante para assegurar o futuro; mas o futuro a Deus pertence e só colhemos o que plantamos.

Será que temos alguma coisa a ver com os problemas dos outros? Lembre-se disso: Há sempre um perigo eminente ao nosso redor e nem sempre seremos fortes o suficiente para encará-los sozinho.


Na parábola a seguir veremos o desespero de forma bem contundente na vida de um personagem imaginário que diante de uma ameaça apenas procurou cumplicidade com alguém que pudesse lhe oferecer o ombro amigo e quem sabe acalmar lhe o coração com a boa palavra ou um gesto de amizade.


Há uma ratoeira na casa

Certa vez um rato, olhando pelo buraco na parede, viu o fazendeiro e a esposa abrindo um pacote. Pensou logo no tipo de comida que poderia haver ali. Ao descobrir que era uma ratoeira, ficou aterrorizado. Correu ao pátio da grande fazenda e arfando de medo passou horas advertindo a todos os moradores daquele lugar.

Com os olhos esbugalhados cercou a galinha que era a rainha do quintal e gritou:

— Dona Galinha! Dona Galinha! Há uma ratoeira na casa.

E mais uma vez exclamou:

— Há uma ratoeira na casa!

A galinha entendendo que ratoeiras são armadilhas apenas para os ratos, encheu os pulmões de ar, estufou o peito e exibindo sua importância respondeu com ar de superioridade:

— Desculpe-me senhor Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda; ratoeiras são armadilhas apenas para os ratos.

Diante de tal esclarecimento o pobre rato deixou cair o semblante, ficou ainda mais assustado, mas mesmo assim não desistiu de procurar qualquer outro aliado que pudesse ajudá-lo a se proteger de tamanha ameaça.


Olhou a sua volta e viu o porco que devorava restos de comida com um apetite incomum, correu até ele e com a voz trêmula de tanto pavor quase lhe suplicou:

— Hei! Dom Porco! Dom Porco!

E procurando um jeito convincente de avisar continuou:

— Há uma ratoeira na casa!

E apontou para o casarão. O porco parou de comer por um instante e com muita ironia exclamou:

— É? Uma ratoeira?

O pobre rato se animou e com humildade confirmou; mas o porco tão interessado que estava pela comida, voltou-se para ela não dando mais atenção para o rato e entre uma mastigada e outra apenas argumentou:

— Desculpe-me senhor Rato, mas não há nada que eu possa fazer pelo senhor. A não ser rezar.

Deu uma tapinha nas costas do “amigo” e concluiu:

— Fique tranquilo que o senhor será lembrado nas minhas preces.

E continuou comendo. Diante te tanto desdém o pobre ratinho deixou os olhos se encherem d’água e saiu cabisbaixo perambulando. Porém cheio de esperanças de encontrar alguém que pudesse lhe ouvir ou aconselhar se dirigiu a dona Vaca que estava toda vaidosa no pasto a tomar sol e sem mais paciência encheu-se de coragem e gritou de uma vez só:

— Senhora Vaca! Senhora Vaca! Eu descobri há uma ratoeira na casa.

E novamente apontou para o casarão. A vaca tão grande olhou para o pobre rato tão pequenino e caiu na gargalhada. Riu-se por minutos intensamente enquanto o ratinho engolia tamanha decepção. Depois de tanto se divertir com o medo do pobre ratinho ela esboçou aquele ar de grandeza e respondeu:

— O que senhor Rato? Uma ratoeira? Acha que estou em perigo?

O ratinho ficou confuso e sem graça diante da pergunta quando ela mesma respondeu:

— Acho que não. E concluiu a humilhação:

— Acha que todo o meu tamanho posso ser pega por uma minúscula ratoeira?

E saiu a passos largos balançando o traseiro gordo. Cansado de tanto ser desdenhado e passar por tantas humilhações o rato então voltou cabisbaixo e abatido para casa pronta para encarar a ratoeira. 

Porém numa bela noite em que tudo parecia tão tranquilo naquela fazenda ouviu-se um barulho como de uma ratoeira pegando uma vítima. A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia caído naquela armadilha. No escuro, ela não vira que uma cobra atônita se debatia, pois, sua cauda estava presa na ratoeira e no auge de seu desespero a cobra picou a mulher.

O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Lá o médico aplicou o soro, mas exigiu que a mulher seguisse uma dieta alimentar. Assim que chegou a casa, o fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal da canja de galinha que serviria a sua esposa.

Muitos vizinhos e amigos foram visitar a mulher enquanto ela estava em repouso e, para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco e deu de comer. Quando finalmente a mulher melhorou, o fazendeiro resolveu fazer um churrasco e, para alimentar a todos os convidados, matou a vaca.



Lição de Vida
Nenhum dos que foram avisados ou ao menos demonstrou preocupação com o desespero do pobre ratinho foram poupados pelo dono da casa e no momento da adversidade nem ao menos puderam se defender ou voltar atrás e tiveram as suas vidas ceifadas.

Tudo isso poderia ter sido evitado se algum dos avisados tivesse se ocupado em destruir aquela ratoeira, mas como ninguém tinha nada a ver com isso ela serviu de armadilha para pôr um fim à vida de todos.



Situações que são postas diante dos nossos olhos são oportunidades que temos para entrarmos em ação e plantar alguma coisa em benefício de nós mesmos. A lei da causa e efeito deve ser levada muito a sério pois quando pensamos que estamos fazendo algo por alguém estamos fazendo para nós mesmos.

O que o bom samaritano fez por aquele homem que havia caído nas mãos dos salteadores?

"Mas um samaritano que ia de viagem chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão. E, aproximando-se atou-lhe as feridas, aplicando-lhes azeite e vinho; e pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem e cuidou dele".

Lucas 10/33-34

O mais bonito nessa história é que quando temos alguma coisa para responder ao aflito em seus momentos de aflições além de estar fazendo algo pelo outro estamos também fazendo por nós mesmos pois o amanhã é desconhecido de todos nós onde poderemos estar no mesmo lugar em que vimos o nosso próximo.

Apenas lhes mostrar a direção não é o bastante pois nem todo aquele que está ferido tem condições de caminhar e nem os seus olhos propícios para enxergar o horizonte.

2 comentários:

  1. Que lição, que ensinamento, que estória maravilhosa demais.
    Palavras sábias, Deus o abençoe a cada dia mais e mais..
    És uma benção..

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  2. Obrigado Wander'Son Souza.Que Deus continue te abençoando sempre e que o seu ministério seja um grande marco na história da igreja.

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